segunda-feira, 2 de julho de 2012

Exportar é ?

Exportar é ? A atual febre das exportações, que esta sendo tratada como a única,a maior e a melhor alternativa para o futuro do Brasil, não é nenhuma novidade para esta espoliada e vilipendiada nação, desde o descobrimento, tudo o que temos, produzimos e plantamos de melhor é “exportado” para as nações que nos colonizam e dominam,deixando-nos apenas como legado a certeza de que agir desta forma jamais repercutiu para a nação como fator fundamental para o desenvolvimento social do povo e para a grandeza do pais. Aqueles que agem apenas motivados pela ganância e pelo lucro individual nos conduzem ao ponto da extinção como ocorreu anteriormente com a madeira que nos deu o nome e, como legado fundamental deixou-nos um aviso (que não foi ouvido) de que deveríamos prestar atenção ate onde deveríamos ir com a subserviência e a obtusidade. Produtos de todos os matizes que saem do pais são o que produzimos de maior qualidade e daqui seguem para fazer a alegria e o deleite destas novas matrizes que nos impõem nos dias atuais este humilhante e acintoso comportamento servil e ignóbil que é mentirosamente tratado com empáfia e orgulho por aqueles que se regalam ao destruir a nação e ao desprover o Brasil de seu futuro e de sua grandeza . Justificativas pífias e falaciosas somam-se para proteger o grande saque que se perpetua; começando com as benesses imperceptíveis a população oriundas dos apregoados lucros pretensamente provenientes da exportação, até os empregos que não vemos e mesmo os que se apresentam trazem como recompensa salários irrisórios e insignes que em muito se assemelham aos potes, as panelas e principalmente aos espelhinhos que eram dados aos primeiros silvícolas para que neles vissem refletidas suas caras de palhaços ao espoliarem sua terra para o deleite dos senhores das metrópoles d’além mar e de seus esbirros nativos que se locupletavam e ainda hoje chafurdam-se nos escombros do que poderia ser uma sociedade forte, rica e orgulhosa de sua autonomia. Não sou contra a comercialização dos excedentes.“EXCEDENTES” e excedentes apenas, que o melhor aqui fique para o prazer dos cidadãos que beneficiados por uma política voltada para a produção e não para a espoliação econômica podem comprar e assim remunerar bem aos que produzem amparados por uma ação coerente que gere o desenvolvimento e o engrandecimento da nação em lugar deste entreguismo voraz e canalha que nos reduz a esta condição frágil e servil em que nos encontramos hoje. Temos de fazer com que nossos produtos tornem-se desesperadamente necessários para aqueles que não possuem como nós as condições climáticas e territoriais para produzi-los, temos de transformá-los em bens que sejam desejados avidamente pelos compradores do exterior para que paguem o que queremos, e em caso de não quererem pagar, temos de ter um mercado interno forte economicamente para absorver mesmo os excedentes; (excetuando-se a soja e os demais produtos agrícolas geneticamente manipulados que serão plantados devido a manipulação da Monsanto, com vistas à exportação e não serão comprados por nenhuma nação do mercado europeu e norte americano) assim agindo mudaríamos diametralmente o contexto de miséria e indigência moral em que vivem os brasileiros e ai sim colocaríamos regras à nós favoráveis nas relações comerciais internacionais. As formulas dos economistas que justificam esta espoliação que hoje ainda ocorre 504 anos após o descobrimento, assim como a retórica dos rábulas júris consultos existem apenas com o intuito de adoçar o veneno que nos é servido diariamente; existe apenas uma lei que realmente conta em economia : “Maximização dos lucros com minimização dos gastos” e é esta máxima que justifica fraudes como a retirada do dinheiro do FAT( fundo de amparo ao trabalhador) para investir em empresas que usam este dinheiro para reduzir empregos com o desenvolvimento e a aplicação da automação; este é um exemplo do óbvio crime de lesa pátria que é cometido quando confiamos nosso futuro em procedimentos oriundos do passado que já se demonstraram através dos tempos como contraproducentes e ineficazes quando se fala em desenvolvimento econômico e social. Desta forma, vejo esta atual onda de engrandecimento das exportações da maneira como se apresenta verdadeiramente, ou seja; como mais um ataque ao futuro e a soberania do Brasil, fazendo com que a resposta a pergunta titulo deste artigo seja : _ Desprover ! OBS. Este conceito de proteção da produção e preservação dos recursos naturais do Brasil, não restringe-se apenas a agricultura e a pecuária mas também aos recursos minerais, manufaturados e demais bens de consumo que sendo utilizados em prol da soberania, podem fazer a diferença entre este Brasil submisso e vulnerável e uma nação forte,auto suficiente e orgulhosa de suas políticas inteligentes de perpetuação e valorização estratégica de tudo o que nos pertence e é cobiçado pelas demais nações do planeta. Alcir Jose Trigo de Souza

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